Falar sobre o chá no Vale do Ribeira é, no mínimo, entrar história adentro. Trazida pelos japoneses, a cultura da “planta do chá” Camellia sinensis teve seus momentos desde 18 de junho de 1908 com a chegada do navio Kasato Maru no porto de Santos, comemorado no Brasil como o Dia da Imigração Japonesa.
Mas foi somente em 1919 que Shutekishi Amaya e Nao Amaya desembarcam com os filhos no Rio de Janeiro. Ali iniciava a história centenária da família Amaya, a primeira de uma série de três textos sobre o chá no Brasil, contada por Renata Acácia, especialista em chás e idealizadora da Infusorina.
Meses depois da chegada no Rio, a família se estabeleceu no município de Registro, estado de São Paulo, considerada a Capital do Chá no Brasil, local onde se encontra a fábrica da Amaya Chás até a presente data. Antes do chá, a cultura de subsistência contava com arroz, feijão, cana-de-açúcar e, claro, café.
Foi na década de 30 que o plantio de chá foi iniciado, constituindo, então, a empresa Irmãos Amaya, nome que foi alterado no ano 1957 para Helio Amaya Cia Ltda. Em uma história de resiliência com mais de 80 anos de tradição e qualidade, a Amaya Chás já exportou para países da Europa, Oriente Médio, América do Norte e América Latina.
Atuando como a única e última indústria sobrevivente da era de ouro do chá no Brasil, hoje aos cuidados da 3ª geração familiar, a Amaya produz chás não-ortodoxos (categoria que contempla folhas cortadas) como o chá preto, carro-chefe da empresa, chá verde premiado nacionalmente, chá verde em pó, atendendo a demanda do uso do chá na gastronomia, e o lançamento de 2019, oolong (50% oxidado).
De sabor e aroma inconfundíveis, e sempre buscando uma xícara que surpreenda o paladar de seus clientes, a Amaya Chás se preocupa com o meio ambiente e mantém inteiramente preservada a Mata Atlântica nativa em 70% da propriedade, que equivale a 170 hectares.
Conheça mais sobre a Amaya Chás em um especial da Rota do Chá 5ª edição, em um chá com a família, e em entrevista com Milton Amaya, sócio da indústria.