Poucas comidas representam tão bem o ser humano moderno. Não tem quem não goste, e por isso é um prato que pode ser encontrado em qualquer cidade do mundo. Da tentação à devoção, o fascínio é tão grande que existe até uma data comemorativa em homenagem ao hambúrguer.
Não há um motivo específico para o dia 28 de maio ter sido escolhido como o Dia Mundial do Hambúrguer, mas sabe-se que a criação de uma data comemorativa foi ideia de pecuaristas norte-americanos para incentivar os consumidores a saudar a chegada do verão assando hambúrgueres em seus quintais.
Como se fosse preciso algum tipo de incentivo para norte-americanos comerem ainda mais carne – o país é, disparado, o maior devorador de hambúrgueres no mundo. Estima-se que sua população coma cerca de 50 bilhões de hambúrgueres por ano – cada cidadão consome pelo menos três por semana, em média.
Apesar de ser, desde sempre, o epicentro da pandemia do hambúrguer, os Estados Unidos não são o país de origem da guloseima. Sua história, aliás, é tão antiga quanto a do pão. Em homenagem ao hambúrguer, o Comida com História separou algumas curiosidades sobre o prato do dia.
1. O hambúrguer não foi inventado em Hamburgo
O hambúrguer servido entre dois pedaços de pão teria chegado aos Estados Unidos em navios da linha transatlântica que ligava a cidade de Hamburgo, na Alemanha, aos portos norte-americanos – o que explica seu nome.
Mas a origem do bife de carne moída é muito mais antiga, e remonta ao imperador Gengis Khan, que dominou a Ásia e parte da Europa no século 13 à frente de exércitos mongóis e tártaros. Seus soldados eram exímios cavaleiros, e passavam tanto tempo cavalgando que tiveram a ideia de colocar carne de caça sob a sela para amaciá-la. Ao fim do dia, o bife duro estava transformado em carne moída – nascia o steak tartar e, consequentemente, o hambúrguer.
2. Primeiros lanches custavam menos de um dólar
Séculos mais tarde, ao chegar aos Estados Unidos, o bife tártaro ficou mais parecido com o hambúrguer que conhecemos hoje. Em 1921, surgiu no Kansas a primeira rede de lanchonetes especializada no lanche, a White Castle, que vendia hambúrgueres ao custo de apenas cinco centavos de dólar – mesmo com a correção monetária, não chegaria a um dólar de hoje.
3. Primeiro hambúrguer do Brasil é americano
Três décadas após a invenção do conceito de hambúrguer fast-food nos Estados Unidos, a primeira lanchonete do tipo era aberta no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. O Bob’s foi fundado em 1952 e segue como a terceira maior rede do país.
A ideia foi do tenista norte-americano Bob Falkenburg, campeão do torneio de Wimbledon de 1948. Após se mudar para o Rio, em 1950, abriu o Bob’s como uma sorveteria, e no ano seguinte passou a servir hambúrgueres. Mesmo com o sucesso do negócio, ele continuou no esporte e chegou a representar o Brasil na Copa Davis nos anos 50.
4. Hambúrguer mais caro do mundo custa R$ 12 mil
Com este dinheiro, você pode dar entrada em um carro ou então comprar um lanche no restaurante South of Houston, em Haia, na Holanda, onde o chef Diego Buik serve um hambúrguer com trufas e caviar em pão banhado a ouro que custa US$ 2.300, ou meros R$ 12.297 na cotação do Dia Mundial do Hambúrguer de 2020.
5. Dá para fazer hambúrguer com o que tem na horta
Constantemente reinventado ao longo de sua história, o hambúrguer já não se restringe às lanchonetes de fast-food: ele está nos food trucks, nos restaurantes gourmet e, claro, na sua casa. Mesmo que você não coma carne, não faltam opções para prestar uma homenagem ao hambúrguer.
Soja, cogumelos, grão de bico, cenoura, couve-flor e beterraba são alguns dos vegetais que podem ser transformados em suculentos hambúrgueres, como lembra a nutricionista Rosana Perin, do HCor.
Se não abrir mão de carne, a nutricionista recomenda cortes mais magros como patinho e alcatra, ou mesmo outras opções como frango e salmão. Para ela, o importante é fazer em casa: “Melhor mesmo é preparar seu próprio lanche e deixar o delivery para momentos oportunos”.
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