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Café especial com um toque feminino

dezembro 16, 2024
em Gastronomia

Quando Melissa coloca o boné do Café à Mão pra começar a trabalhar, ela sabe que vai ter a oportunidade de compartilhar o conhecimento que tem sobre café com a clientela da Padaria Pão à Mão, que funciona dentro da Torradeira Coletiva, em Florianópolis. Isso porque cada vez mais as pessoas têm se mostrado interessadas nos cafés especiais servidos na casa. E ela adora essa troca: “é um privilégio muito grande”, confessa a mestre de torra que iniciou como barista.

Melissa servindo café especial torrado por ela, a primeira mestre de torra mulher de Santa Catarina

Melissa explica que as perguntas já começam quando veem a cor do líquido – mais caramelo ou avermelhada. Os cafés especiais tendem a ter uma cor diferente do café comum, dependendo do tipo de café e do perfil de torra. Depois do impacto visual, vem o impacto com o sabor, geralmente com menos amargor do que o outro. “Às vezes pensam até que não é café”.

Mas é, e bem diferente do que estamos habituados a consumir. De forma simples: o cafezinho que tomamos em casa ou os servidos na maioria das cafeterias são cafés comuns ou commodity, como também são conhecidos. Esses cafés permitem uma porcentagem de defeito nos grãos, por isso quando é feita a torra, passa-se do ponto ideal para disfarçar esses defeitos, o que acaba deixando o café mais amargo.

No entanto, já faz uns anos que o ramo cafeeiro tem criado cafés diferenciados, os chamados cafés especiais. Esses cafés precisam ter uma pontuação acima de 80 pontos em uma avaliação que vai de zero a 100 e leva em consideração vários critérios, como aroma, sabor, retrogosto, acidez, corpo, uniformidade, entre outros aspectos.

Abaixo, o café commodity, com todos os defeitos permitidos, e acima o café especial, que exige pontuação de 80 pontos pra ser considerado especial

E é somente esse tipo de café que a marca Café à Mão, na qual Melissa é a responsável pela torrefação dos grãos, trabalha. Cafés que são tratados com cuidado em todas as suas etapas – plantio, colheita e pós-colheita. E que chegam nas mãos dela pra serem torrados com toda a atenção e profissionalismo. “Se eu não fizer o meu trabalho muito bem, eu estrago toda uma safra”.

Uma responsabilidade e tanto pra quem entrou na área por acaso. Nascida em Jaraguá do Sul, a então designer Melissa Carvalho da Rocha se mudou para a capital catarinense. Pra se sustentar, acabou sendo atendente em uma cafeteria. Mas somente dois anos depois é que teve contato com os cafés especiais brasileiros. De uma simples consumidora, virou especialista em café! “Ali foi a escola, onde eu vi que existe muita complexidade no café especial”, conta.

Melissa em visita a uma produção de café em Minas Gerais

Mas foi na Padaria Pão à Mão que ganhou o título de mestre de torra. A proprietária do negócio queria torrar o café que servia para os seus clientes e desejava uma mulher pra assumir essa função. E deu match! Com assessoria e muito estudo, Melissa se tornou a primeira mulher a torrar café em Santa Catarina. Uma posição que ainda hoje impacta muito a forma como ela trabalha. “Eu sinto que estou sendo testada o tempo todo, tenho que estar sempre afiada e provar que sou boa no que faço por ser mulher”, desabafa.

Por mais intimidador que seja, Melissa não se deixa abater. Quanto mais ela é colocada à prova, mais ela se dedica e aprende sobre café. O que não é de se surpreender para uma pessoa que bebe café desde os 3 anos de idade, quando a avó dava café pra ela com muito leite. “O café faz parte da minha memória afetiva”.


Por Leyla Spada

Tags: baristacafécafé commoditycafés especiaiscafeteriascafezinhomemória afetivamestre de torraramo cafeeirotorrefação

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